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Outrora, os mais novos, que residiam longe da capital portuguesa, diziam: Joaninha voa, voa até Lisboa. Era uma forma que as crianças encontravam para sonhar com as grandes viagens que gostariam de fazer e quando viam uma joaninha tocavam-lhe, obrigando-a a voar, e assim formulavam o desejo.
Esta não precisei de lhe tocar para a incentivar a voar, ela moveu-se lentamente, como que a dizer: não fujo, tira-me o retrato! Se ela falasse, era o que me dizia. Parece uma história, mas não é, pois eu "apanhei-a" a passear numa das rosas amarelas - de que tanto gosto - do quintal e disparei a máquina, gravando a imagem de que me orgulho. A beleza da joaninha a deslizar nas pétalas macias da rosa, merecem o prazer de uma visão contemplativa, não lhes parece?